GUARDA CIVIL PODERÁ USAR SPRAY DE PIMENTA EM VEZ DE ARMA DE FOGO EM SP

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi autorizada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo a utilizar sprays de pimenta no lugar de armas de fogo em atividades de rua e de proteção a equipamentos públicos.
Uma portaria da pasta publicada ontem (22) no "Diário Oficial" permite que a guarda passe a utilizar armas não letais. Os primeiros sprays foram entregues à GCM anteontem pelo secretário de Segurança Urbana, Edsom Ortega. Foram compradas pela prefeitura 7.000 unidades. A guarda tem cerca de 6.800 integrantes.
A medida visa mudar o trabalho dos guardas em locais considerados de baixo risco ou com grande concentração de pessoas. Nessas áreas, as equipes deverão contar com pelo menos um integrante armado.
Os locais em que todos os guardas deverão permanecer com armas de fogo serão definidos pela GCM após entendimento com as secretarias responsáveis pela área.
A maioria dos integrantes do órgão já foi capacitada para usar o equipamento, segundo a Segurança Urbana.
Com a medida, a prefeitura pretende ampliar o efetivo de guardas nas ruas, pois a GCM poderá entregar sprays para integrantes de outras áreas. Os sprays poderão ser usados por guardas reprovados nos testes psicológico e prático para o uso de armas de fogo, assim como pelos impedidos temporariamente de utilizá-las.
A portaria também permite que o equipamento seja entregue a integrantes da GCM sob restrição do uso de arma de fogo após realização de disparo.
A GCM poderá ainda realizar remanejamentos para atender aos que gostariam de passar a utilizar o equipamento. A informação sobre a preferência pelo porte do spray durante o trabalho será incluída no cadastro de guardas.
A prefeitura desembolsou R$ 455 mil para comprar os equipamentos, segundo a Secretaria de Segurança Urbana. Foram utilizados recursos federais e municipais.
Assembleia
Representantes dos guardas civis terão uma reunião hoje de manhã com o Secretaria de Gestão do município. A categoria, que fez uma paralisação no final de agosto, ameaça entrar novamente em greve.
Ontem à noite, os guardas decidiram em assembleia esperar a reunião de hoje para então decidir o que fazer. Eles pedem reajuste salarial de 17%.

Fonte: Folha de São Paulo